lunedì, agosto 11, 2008

EMERGENZA COLERA IN GUINEA BISSAU

Un articolo ed un appello del nostro Fernando Casimiro...in Portoghese

A cólera mata e os guineenses sabem-no bem, no entanto, na ausência de uma boa campanha de sensibilização e prevenção (cuidada e rigorosa), por parte das autoridades sanitárias, bem como das estruturas do poder local (cuidados de higiene pessoal e colectiva; limpeza das ruas, recolha e tratamento de lixo, protecção dos poços de água, tratamento da rede de água canalizada; construção de latrinas, de forma a evitar que se continue a defecar em zonas próximas aos poços de água ou de cultivo, entre outras medidas, dificilmente conseguiremos estancar a epidemia.

Outra aspecto que tem contribuído para a sustentação da cólera na Guiné-Bissau, ainda que ligado aos factores acima referenciados, reside na preservação, pela negativa, de práticas ancestrais, que alguns continuam a defender como sendo parte da tradição e simbolismo cultural do mosaico social guineense, sem contudo, perceberem que a cultura como elemento identitário não deve servir, igualmente, como elemento de auto-extinção dos povos.

Há cuidados básicos, essencialmente a nível dos bons hábitos de higiene, que servem de medida preventiva contra a cólera. Um desses cuidados, que aliás, não é só aconselhado na prevenção da cólera, mas de muitas doenças, é LAVAR AS MÃOS com sabão ou qualquer outro produto desinfectante, antes de qualquer contacto com os alimentos que ingerimos.

O LAVAR AS MÃOS deve ser aconselhado como prática fundamental na prevenção de doenças.

Hoje recebi um SOS de Bissau dando-me conta das sérias dificuldades que, por exemplo, o Hospital Simão Mendes, o principal do país, está a enfrentar devido ao aumento de número de pessoas infectadas pela cólera.

As informações recolhidas e divulgadas pelos órgãos de Comunicação Social em Bissau no dia 07. 08.2008 apontam para 1077 casos de pessoas infectadas, sendo que 3/4 na cidade de Bissau.

Há a registar 25 óbitos confirmados.

Do Hospital Simão Mendes foram lançados apelos à solidariedade, no sentido de se conseguir ajuda medicamentosa, bem como alimentação para crescendo de pessoas infectadas que continuam a chegar ao Hospital, que, não tem meios: financeiros e materiais, para prestar os serviços mínimos aos que necessitam de ser tratados e hospitalizados.

Há uma nota importante a destacar, que é o facto do próprio Centro Epidemiológico do Hospital Simão Mendes estar parado, devido a falta de verbas para o seu funcionamento, o que impede a recolha de dados fiáveis e actualizados sobre o surto de cólera no país.

Quero aqui, juntar a minha voz aos muitos apelos lançados desde Bissau, para que o Mundo (Instituições governamentais, públicas e privadas, organizações Não Governamentais etc. , as nossas comunidades na diáspora, todos os amigos da Guiné-Bissau) apoie a Guiné-Bissau nesta luta contra a cólera.

Os doentes não têm comida, precisam de se alimentar e os hospitais não têm meios para fornecer comida aos doentes. É preciso ajudar!

Os Hospitais também não têm medicamentos para fazer face à epidemia. É preciso ajudar!

O meu apelo é para que cada pessoa que viajar para a Guiné-Bissau, por estes dias, adquira medicamentos, alguma comida e água e leve para oferecer aos nossos hospitais.

Mas a ajuda maior, pede-se às Instituições governamentais, públicas e privadas, bem como às Organizações Não Governamentais de todo o Mundo.

Sendo difícil fornecer um contacto institucional do Governo da Guiné-Bissau neste momento (devido à recente demissão do anterior governo e a tomada de posse de um novo governo, que no entanto, mantém alguns ministros do anterior executivo), no sentido do aconselhamento e canalização de apoios que vierem a ser prestados e, porque tendo mantido contacto com um membro do governo que continua em funções, concretamente a Sra. Ministra da Justiça, Drª. Carmelita Pires, que face à situação actual, e no que concerne à epidemia de cólera no país e à falta de meios: financeiros, medicamentos e alimentos, aceitou disponibilizar os seus contactos para melhor informação, aconselhamento e canalização de ajudas que vierem a ser disponibilizadas, sendo que, a Sra. Ministra da Justiça comprometeu-se a transmitir esta iniciativa ao Ministério da Saúde da Guiné-Bissau.

Contactos da Sra. Ministra da Justiça da Guiné-Bissau:

Drª. Carmelita Pires

Telefone: (+245) 6795579
e-mail: itapires@gmail.com

É preciso ajudar, sem olhar, neste contexto, às práticas de corrupção e enriquecimento ilícito que continuam a fazer cada vez mais a diferença entre guineenses. No momento, importa ajudar a quem precisa!

Obrigado

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TESTO di FERNANDO CASIMIRO detto DIDINHO